Entrevista
do Dr. Penoel com Alex Vicq (A Vida Natural)
Aromaterapia,
Chave da Medicina Sistêmica.
A
Medicina em todas as universidades do mundo está sob o domínio do sistema
industrial e médico.
Este sistema perdeu completamente as raízes profunda da chamada
medicina tradicional. Se nos referimos a Hipócrates, o pai fundador da medicina
e da farmácia, na época em que estas duas áreas eram totalmente integradas,
vemos que houve uma dissociação, principalmente após a Revolução Industrial.
Hoje
a medicina acadêmica pratica a fragmentação do conhecimento e diz que devemos
ser especialistas em todas as ciências para tratar de uma forma abrangente. Acreditou-se
em dominar totalmente a matéria, dissecar, analisar, desintegrar – caso das
Ciências do átomo - e se desintegrou similarmente aos seres humanos. Fomos
fragmentando em fatias cada vez mais finas; agora, chegaram a um detalhamento
de entendimento ultrafino, e percebem que o caso, em particular dos eminentes
especialistas no seu próprio campo, é o entendimento totalmente desnaturado do
primeiro significado da medicina.
Hoje,
se possui grande poder sobre o material físico, químico e biológico,
mas
a raiz médica, no sentido humano mais profundo está perdida,
exceto
para aqueles que fazem um esforço para ter uma reflexão diferente.
O
problema é que todo mundo quer desenvolver somente sua especialidade, e perde
de vista o aspecto geral.
Para
ilustrar como eu vejo a evolução desta visão, normalmente eu apresento um
triângulo em cima do qual eu coloque o MHN - Medicina e Higiene Natural;
no
topo, porque dá discernimento para entender bastante
do
que acontece no corpo humano, tanto internamente
como
nas suas relações com o ambiente externo.
Em
um canto da base, eu coloco o “MAC”, - Medicina Analítico-Científica; aquela
que é ensinada nas escolas médicas em todo o mundo – e no terceiro ângulo, eu
coloco o MERS, as Medicinas Energética, Reflexo-Terapêutico Somático - onde
cabe a auriculoterapia, a acupuntura, qualquer interação de energia do homem na
relação com o meio ambiente, a medicina da habitação, a Geobiologia, etc...
Na
intercessão destes três aspectos, tem-se consciência daquilo que eu chamo de
medicina integrativa, e por causa da minha especialização com óleos essenciais,
eu chamo de Medicina Aromática Integrada (MAI), na verdade, algo bem além do
que é simplesmente chamado de Aromaterapia até o presente. O M.A.I. - Medicina
Aromática Integrada, como centro de gravidade deste triângulo.
Pode-se
muito bem usar os campos da medicina e da saúde naturais, o que é muito
clássico nas aplicações de medicamentos alopáticos, devido às suas
características farmacológicas, e definir a sua ação no contexto das medicinas
energéticas.
Com
a criação da Medicina Aromática Integrada, que vai além da Aromaterapia, Dr.
Penoel pretende extinguir a divisão entre a medicina convencional, capaz de
analisar em detalhes o bom ou mau funcionamento dos órgãos, e a medicina
energética e ambiental, que conquista um inegável valor para a medicina como um
todo, ou seja, uma medicina do homem verdadeiramente integral.
Com
o advento das espécies aromáticas no planeta, as plantas criaram a
possibilidade de uma medicina sistêmica porque os Óleos Essenciais têm um
efeito global sobre o corpo e a mente. Provavelmente, para a maior parte da
prática médica do século XXI, os fatos são irrefutáveis: alguns Óleos Essenciais
contêm até 250 moléculas ativas diferentes, enquanto que na droga sintética,
não se usa avaliar as interações de mais de 3 moléculas. Os óleos essenciais,
portanto tem ação global, de amplo aspecto, que é mais similar a toda a
fisiologia humana.
Como
podemos praticar no hoje o impossível? Uma medicina sistêmica?
Para
abordar a medicina sistêmica, é melhor fazer de uma maneira evolutiva.
Na
psicoterapia.
Esta
é uma área importante! Pois se encontra normalmente em qualquer abordagem
médica, de ocorrência natural, de análise ou de energia.
Se
você desenhar um grande círculo que vem abranger três pequenos círculos, vera
que ao centro desses pequenos círculos formasse-a uma intercessão de maneira
triangular; - Medicina Integrada Aromática – que demonstra ter um
papel
integrador, unificador. Esta função integrativa e de caráter a incluir
(e
não a exclusão), em relação à ética médica, é, obviamente, o oposto do
fundamentalismo, uma vez que ao contrário de negar diferenças, ela unifica e
complementa. Isso é um pouco a compreensão global dos fenômenos.
Não
há nada na medicina que seja totalmente errado.
Pode-se
praticar medicina alopática ruim como também se pode praticar medicina
energética ruim. Especialistas de um campo erram quando rejeitam completamente
o trabalho de especialistas de outro campo, sem sequer se dar ao trabalho de
estudar o que eles fazem.
Em
que a Medicina Aromática Integrada é melhor para proceder à integração das
demais?
O
que é que habilita com as plantas, chegar a um sistema global mais facilmente
do que qualquer outra coisa?
Para
ilustrar a minha resposta, devo citar a minha história pessoal.
Na
idade de 14, eu tive a minha primeira crise de consciência ecológica. Esses
foram os primórdios da “Nature & Progress, e Marjolaine” que realizou sua primeira exposição. A partir dai
a minha vocação foi o primeiro impulso para que eu virasse-me para a
agricultura orgânica e para me preparar para estudos agronômicos. Mas eu também
tinha uma paixão de conhecer o corpo humano e de curar. Eu pensei que se eu me
tornasse um engenheiro agrônomo, o mundo médico seria fechado para mim para
sempre. Por outro lado, se eu me tornasse um médico, nada me impediria de
voltar para o mundo das plantas e da terra.
Eu
fiz essa escolha para conciliar duas paixões complementares.
Na
verdade, como os seres vivos neste planeta Terra, que também é um ser vivo no
universo, temos uma interface que nos permite estar na vida, este é o mundo das
plantas. É esta relação que nos permite respirar oxigênio, alimentarmos e curarmos,
esta é a base. Pode-se certamente encontrar remédios animais e minerais, mas,
se não houvesse o mundo das plantas, teríamos quase nada para nos tratar.
Através dos vegetais, estamos lidando com os mais velhos, mais complexos, o
mais inteligente, o mais fino de todos os laboratórios. Se tivéssemos que
reunir todos os estudiosos que existiram, existem e existirão, nem sequer
chegaríamos ao que sintetizam a lavanda, o tomilho, o eucalipto.
Existe
esta enorme oportunidade de nos beneficiarmos a partir da última parte da
evolução das plantas, da evolução do mundo vegetal: a porção aromática.
O
mundo aromático realmente começou com o aparecimento de coníferas no planeta
Terra, pinheiros, abetos, ciprestes. Esta evolução representa um salto
qualitativo na história da vida.
A
Terra surgiu há 4.5 bilhões de anos. A vida emitiu sua infância molecular há
3,5 bilhões de anos. Depois surgiu um fator para a primeira evolução aromática
com o aparecimento de coníferas, há 300 milhões de anos. Cem milhões de anos
depois aparecem as angiospermas, ou seja, as plantas com flores.
Isto
é o que eu chamei de “A segunda Revolução Aromática”.
Há
aqui, uma tremenda explosão.
Após
o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos que somos hoje, jamais teriam
existido, se as plantas com flores, (que, em seguida, deu as sementes e todas
as reservas de energia das quais os grupos de sangue quente aproveitaram-se
para a sua manutenção), não estivessem lá para nos sustentar em tempos frios.
Além
desses processos que nos alimentam, há processos que nos curam e os processos
também nos permitem evoluir em outros aspectos.
Estas
plantas aromáticas são de alguma forma o pináculo da evolução; o mundo das
plantas, assim como nós somos, em princípio, a ponta da evolução do mundo
animal.
Mas
se, biologicamente, psicologicamente e espiritualmente, nós somos o ápice da
evolução no reino animal, eu não tenho certeza de que o homem seja superior à
lavanda.
A
diferença é que o vegetal não se expressa da nossa forma, e quando
desenvolvemos outra abordagem para esses seres vegetais, notamos fenômenos que
vão muito além do que o mortal comum pode perceber quando se usa um sabonete de
lavanda.
Então
chegamos cronologicamente ao mundo das ervas aromáticas, e a terceira revolução
acontece, que é a descoberta da extração de óleos essenciais.
Todas
as civilizações e tradições étnicas usaram plantas, especialmente as
aromáticas, para tratamento. Com uma tintura, elixir, planta em pó, escalda-pés,
enfim; podemos fazer muitas coisas; mas quando estamos a lidar com um óleo
essencial, algo literalmente fala com todos os sentidos, olfato, paladar,
visão, penetrando a pele, na massagem e até espiritualmente! O óleo essencial é
realmente o topo desta interface vegetal. E este ato de obtenção de óleos
essenciais, especialmente por destilação, que ocorreram tanto na Índia, China,
Egito, Mesopotâmia, etc., são inspirados pelo mesmo desejo de obter tão
concentrado quanto possível e ter sempre disponível este extrato
fabuloso
que é o óleo essencial.
No
inicio obtendo por maceração, em seguida, praticando a alquimia da destilação. Transformamos
uma massa vegetal crua em um concentrado da energia solar! Este óleo essencial
é em si é um sistema, uma resposta aromática de complexidade sem precedentes.
É
por isso que se definiu o óleo essencial como o mais alto grau de concentração
de matéria, energia e informação. Isso nos traz a informação deste ternário
aromático àquilo que eu imaginava, e é ensinado hoje no mundo inteiro. Esta
ideia me veio ao trabalhar muito em nossos grandes autores franceses -
Trabalhei com a "nova Rede", Jean-Marie Pelt, Joël de Rosnay, Hubert
Reeves, todos os principais Sistêmicos franceses - e eu apliquei este
pensamento sistêmico a fundo para saber como poderíamos obter o máximo de potencial
a partir dos óleos essenciais.
E
os Elixires Florais?
Isto
é muito diferente, porque, de acordo com meu conhecimento se faz macerando
pétalas de flores em uma água muito pura. Eu acho que os florais seriam um
pouco mais para o lado homeopático, tal como substância diluída, enquanto na Aromaterapia
trabalhamos com uma substância altamente concentrada.
Com
os Óleos Essenciais, podemos trabalhar em todos os aspectos da medicina: As lutas antibacterianas,
antivirais, contra a doença extremamente complexas, e também pode ir muito além;
nas áreas que afetam os planos emocional e espiritual.
Com
florais de Bach, nós não temos esta pretensão.
Sabemos
que vamos trabalhar mesmo tratando de extratos - sobre o aspecto emocional.
Globalmente,
o que estar por vir é a conscientização da Ciência Aromática representando o
poder da cura e transformando-se na medicina do século XXI, para ser verdadeiramente
eficaz, mesmo sendo tecnologicamente muito avançada, adotando o uso do poder
sistêmico deste mundo aromático das plantas.
O
século XXI deve abandonar "todos os produtos químicos"
Os
grandes laboratórios já conhecem e acompanham de perto a Aromaterapia.
Deve
notar-se que a medicina que conhecemos hoje fez a sua revolução a partir da
quimioterapia anti-infecciosa, isto é, a partir de sulfonamidas e antibióticos.
Mas
se pensarmos no mundo de antibióticos, (é visto que incidiu sobre a humanidade
um sistema sintético de podridão, sobre o mundo da entropia máxima), a
química-farmacêutica é apenas capaz de embalar organismos muito simples, tais
como os antibióticos, que são mofos em verdade. Quando se estiver perto de uma indústria
fármaco-química, voce senti de longe o quanto estas fabricas fedem e poluem. Em
vez disso, quando você anda no campo, nas montanhas, tendo a oportunidade de passar
por perto de uma destilaria de Óleos Essenciais, seus sentidos olfativos operam
assimilando as moléculas aromáticas que flutuam por todo o ambiente deixando no
ar um aroma sutil de bem-estar.
Em
termos médicos, chama-se corolário um fenômeno infeccioso de cheiro pútrido
avisando que ali esta ocorrendo uma infecção; e se conseguirmos nos livrar
deste cheiro é que destruímos a fonte, e removemos a colônia bacteriana.
Infelizmente
a medicina se transformou quase de forma inequívoca em antibióticos e tem
literalmente despejado milhões de toneladas deles em nossos corpos, na nossa
alimentação e no meio ambiente.
Nos
Estados Unidos, os antibióticos não estão mais atuando; eles estão promovendo
cada vez mais a desmitificação desses produtos.
O
Óleo Essencial é realmente a resposta, e é através de uma revolução que
ocorrerá na medicina, na agricultura e no mundo industrial e eticamente, esta revolução irá na direção da
autonomia do paciente em relação ao médico.